segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

De Novo 2


Foto: ~Ojika on deviantart.com



Até agora, 2012 tinha trazido 12 textos para esse blog - uma média de 1 por mês. Qualquer coincidência numérica foi quebrada quando eu decidi postar este como o 13º e último texto do ano.
Para mim, foi um ano de reflexão, experimentação e reinvenção. Tudo isso se explicita no acompanhamento dos textos que publiquei (catarse): do prelúdio de Ana na chuva à coletânea e rearranjo de ideias antigas.
De uma simplicidade ímpar, 2012 não inovou, não revolucionou e eu completei poucos dos objetivos subjetivos que eu tinha; fui muito pouco do que queria, ao mesmo tempo que redefinia o que queria ser. Mas essa introspecção me mudou, ainda que de maneira singela. Nesse ano de longa pausa, o que de melhor me aconteceu foi crescer. (grandes chances de atualizar isso caso eu ganhe na "mega sena da virada")
Comecei o ano atirando-me, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar de Mário Quintana e é de outro andar do mesmo autor que o encerro, com a esperança de que o ano que vem seja melhor:

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca
(...)
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
(...)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

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