quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sede.



Já pedi empréstimo.
Já me aconselhei no sebrae.
Já tentei achar associados,
investidores,
influentes que me dessem reputação.

Lutei com minhas armas
e as de Jorge.

Rezei para os deuses,
os anjos,
os santos,
o Deus.
Sacrifiquei ovelhas,
homens...
mulheres e crianças não.

Escrevi,
musiquei,
desenhei,
entreti.
Banalizei a imaterialidade da minha imagem.
Diante de possibilidades,
joguei-me e senti dor.

Afogado em dívidas,
cansado e sôfrego.
Registrado nos sindicatos,
secretarias e coordenadorias gerais.
Nominado nas esquinas
e demais espaços.
Rendido,
atado,
feliz.

Chamem meu advogado. Quero declarar falência... emocional.

Qual o procedimento pra abrir uma nova empresa, mais livre, mais fértil?

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