terça-feira, 31 de agosto de 2010

Âme et folie.



Acumulo leituras inacabadas, planos interrompidos, filmes esquecidos, momentos perdidos... Nessa profusão de ideias que se dissimulam na efemeridade do meu cotidiano infame, encontro-me desativado, incapaz, imóvel, derrotado. Sucumbi à inanição de vontades quando da instalação do ócio. Raciocínio se dissolve. Inspiração evapora. Todos estes versos inúteis que, somados, não dão uma nota audível.
Eu sou nada. Eu produzo nada. Eu edifico nada. Eu sintetizo nada. Tranco-me, por pura evasão da realidade, por medo, descaso ou falta de vontade... mas há de haver sempre uma janela.

4 comentários:

maria elis disse...

a imagem e o texto me lembraram do dito popular: os olhos são as janelas da alma (:

beijas, moço :*

Unknown disse...

Então somos dois, amigo. Duas "almas" a beira da "loucura". Nossa unica diferença é que não optei pelo ócio, e sim pela inércia. Continuar vivendo: é o que eu faço e que o aconselho a fazer.
Parabéns, se expressa muito bem...

bianca g. disse...

Esse tipo de imagem me da dor! kk
tenho um nervoso imenso dessas imagens que cortam uma parte do corpo e colocam uma coisa nada a ver...

Profundo seu texto! rsrs
Beijos

Monique Burigo Marin disse...

Uma janela que, atrevo-me a dizer, ainda mostrará muito. Debruço-me nela, o que vejo nunca é igual. Surpreendo-me, sempre.