quarta-feira, 31 de março de 2010

Ainda não me vejo postando isso (Desabafo)



Preterindo tudo e todos, numa votação que é recorde mundial, escolhe-se Marcelo Dourado como ganhador. A ele é dada uma vitória, um prêmio tamanho - ele: indivíduo egocêntrico, prepotente, preconceituoso, mal educado, covarde, intragável.
O que o destino me permitiu saber é que Dourado perdeu tudo o que havia conseguido com a fama conquistada em 2004, chegou mesmo a quase passar fome. É homem de personalidade, sim; forte demais, talvez. Chega a ser arrogante.
Por ter uma carta a mais na manga - o conhecimento do que provavelmente nos seria, enquanto telespectadores, dirigido -, Marcelo revelou-se extremamente inteligente. Com passos pensados, desenhados, estratégicos, caminhou na sombra dos furacões que provocou até o pódium, a linha de chegada (tão longe para ele, já na sua segunda chance de alcançar o "sonho").
Numa edição repleta de seres humanos fortes, concretos, errantes, sentimentais além do extremo, verdadeiros lutadores - especialmente na vida -, o jogador que ameaçava desde o início, tão originalmente rejeitado, hostilizado, venceu. É, para mim, o reflexo mais que absoluto da inutilidade da nossa população e da incapacidade geral de escolher, sobretudo, governantes, na democracia instituída.

_Que país é esse?
_É a MERDA do Brasil!

Personalidade é, de fato, algo indispensável à vivência humana, mas não mais que Educação.
É a minha opinião: não fui eleito, preferido, quiçá haverá quem concorde comigo. Mas, à minha opinião, eu tenho direito.