Algumas coisas acontecem muito ao acaso. Por acaso. Puro acaso. Puro caso.
Meu último caso: me apaixonei. Na verdade, me encantei. Não puramente pela pessoa. Me encantei pelo que eu idealizei que a pessoa pudesse me proporcionar. Pelo que eu idealizei.
Me encantei, como me encantasse por um frasco de um perfume caro. Um perfume amadeirado. Quente, sedutor. Um perfume cítrico. Intrínseco. Um perfume floral. Suave e doce. Um perfume aromático. Que me prendeu. Um perfume indescritível, cuja fórmula, nunca chegarei a conhecer. Mesmo porque não me interesso mais por ela. Um perfume que, como todos, evaporou com o vento.
Se encantou por mim, como se encantasse por um sapato novo. De couro preto com verniz. Um sapato macio e firme. Que aguentaria andar, dar cada passo juntos. Que adoraria que estivéssemos presos, com os cadarços bem amarrados. Um sapato cujo revestimento interno esquentasse e amaciasse o impacto dos passos. O impacto da vida. O atrito. A dor. Um sapato cujo número nunca vou descobrir. Um sapato que, como todos, foi pisado e a sola gastou.
Me encantei, como o perfume do couro e o frasco de verniz. Os cadarços se amarraram ao meu redor. O aroma me envolveu e me perdi. Minhas armas caíram. Meu corpo esmoreceu e eu me rendi.
Me rendi demais.
Mas já catei meu escudo e minha espada. Recuperei meu elmo de prata e a força pra levantar.
Não deixei de acreditar nos unicórnios, no coelhinho da páscoa e nos desejos às velas de aniversário. Só não deposito mais a mesma confiança na capacidade de acerto deles.
Sapato gasto, perfume ao vento. Levo o que aprendi. Esqueço o que perdi.
É clichê, mas nada se perde, tudo se recria.
Meu último caso: me apaixonei. Na verdade, me encantei. Não puramente pela pessoa. Me encantei pelo que eu idealizei que a pessoa pudesse me proporcionar. Pelo que eu idealizei.
Me encantei, como me encantasse por um frasco de um perfume caro. Um perfume amadeirado. Quente, sedutor. Um perfume cítrico. Intrínseco. Um perfume floral. Suave e doce. Um perfume aromático. Que me prendeu. Um perfume indescritível, cuja fórmula, nunca chegarei a conhecer. Mesmo porque não me interesso mais por ela. Um perfume que, como todos, evaporou com o vento.
Se encantou por mim, como se encantasse por um sapato novo. De couro preto com verniz. Um sapato macio e firme. Que aguentaria andar, dar cada passo juntos. Que adoraria que estivéssemos presos, com os cadarços bem amarrados. Um sapato cujo revestimento interno esquentasse e amaciasse o impacto dos passos. O impacto da vida. O atrito. A dor. Um sapato cujo número nunca vou descobrir. Um sapato que, como todos, foi pisado e a sola gastou.
Me encantei, como o perfume do couro e o frasco de verniz. Os cadarços se amarraram ao meu redor. O aroma me envolveu e me perdi. Minhas armas caíram. Meu corpo esmoreceu e eu me rendi.
Me rendi demais.
Mas já catei meu escudo e minha espada. Recuperei meu elmo de prata e a força pra levantar.
Não deixei de acreditar nos unicórnios, no coelhinho da páscoa e nos desejos às velas de aniversário. Só não deposito mais a mesma confiança na capacidade de acerto deles.
Sapato gasto, perfume ao vento. Levo o que aprendi. Esqueço o que perdi.
É clichê, mas nada se perde, tudo se recria.
3 comentários:
AMAZING !
será q sei pra quem este texto é dedicado?? hahahahaha.... amei!! tá mto lindo!!.. =]
ouuun *-* ! q perfeito! Nossa! A-M-E-I !!!
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