segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Handle with care.



Eu estava pensando...
Sobre cartas, amor, poesia...
Não tenho tido muita inspiração atualmente e acho fabulosamente que nada justifica isso senão... senão... senão nada.
Me sinto meio Amy Winehouse assim... Com o perdão pela falta de modéstia, eu vinha experimentando uma ascensão proveitosíssima aqui nesse universo, mergulhando em meus escritos, devaneios, arte e encontrando cada dia novas pessoas que se identificavam com isso. Era bom. De repente, tudo parou. Ou pareceu parar.
As pessoas ainda estão aqui e existem outras chegando. O que parou fui eu.
Isso não é uma lamentação, um texto pós-clínica_de_reabilitação_para_drogados(eu não uso drogas - nem as lícitas), nada disso. Também não é um desabafo. Eu não sei o que isso é.
Eu sei que o vazio é tão grande e sem motivo que eu não saberia escrever uma carta agora, nem poetizar uma carta. Eu não saberia amar uma poesia em uma carta, especialmente amar uma poesia em uma carta de amor.
O que não se escreve, é - naturalmente - o que se reflete do mundo na sua sensibilidade e o contrário. Como escrever sem sentir?
...





Esse não é, definitivamente, um fim. É só mais um dos meus tantos recomeços. Uma maneira de colocar, com uma poesia, num envelope, o amor que me deu férias... e mandá-lo pro meu novo endereço, que eu não decorei ainda, mas estou em processo.


Espero que não demore a chegar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Love...isn´t grand?

Lívia disse...

Não adianta, você é poeta até no vazio.